terça-feira, setembro 30, 2008

Antítese...


O coração diz: te quero...
As circunstâncias dizem: não posso...
O corpo diz: preciso de você...
E a mágoa diz : ele não merece..
O coração diz : Desejo-te ...
E razão pergunta : por quê ?
O meu olhar te chama, o meu silêncio te afasta...
Fecho os olhos e sinto-o aqui...
E quando olho você não está...
Quero tocá-lo, mas sinto somente o vazio...
Quero beijá-lo, mas engulo em seco esse desejo...
Quero ouvir tua voz, mas só ouço o grito do silêncio...
Quero chamá-lo, mas a solidão me cala...
Quero você com todos os defeitos...
Apesar de toda mágoa, o coração diz: procure-o...
O medo fala não faça isso...
A esperança grita: acalme-se...
Mas o momento diz: Basta, sua presença é o meu maior desejo e sua ausência é a minha maior dor.

quarta-feira, setembro 24, 2008

FIM...


" Tive vontade de voltar. Girar nos tornozelos rezando para que não me reconhecesse, ainda dava tempo de ir embora, poderia alegar que cheguei atrasada, que estava sem óculos, que não ouvi me chamar, mas, como sou adepta das direções opostas, não fiz isso. Me despi da mulher, esqueci que os anos passaram por mim e fui brincar de namorar com o menino de sorriso fácil e que prometia me mostrar o mundo através de seu olhar, eu, que havia conduzido tantas histórias, ditado tantos caminhos, deixei que você, antítese de tudo que já havia tido, me conduzisse e adentrasse para dentro da minha história e de mim, é que quando a alma pede todo o resto é oco. A pior mentira com sabor de verdade. Diga que eu sou a única, que não sou uma farsa e nem você um plágio...Disfarcei que te comeria com os olhos e que meus lábios te queriam, afinal estava na brincadeira de namorar e me abandonei na menina insegura que cultivei só pra te entregar. Fui nó bem apertado para não me envolver. Fui bem menos do que sou, e bem menos do que gostaria... Recolhi os olhos, enquanto desfazia do peito as amarras e escondia as feras, querendo que você recitasse um milagre, não pedisse para sairmos da meia-luz, erguesse templos, me fizesse esquecer da simetria desconexa das estações que já secaram em mim, que afastasse de meus ouvidos esse réquiem e tocasse os acordes exatos, maestro e harmonia da minha sonata infrene, que me convertesse na conseqüência de sua devoção. Então, minta pra mim, diga que sou a miragem do oásis, que a lembrança do meu beijo será eterno calafrio, que está tão perdido quanto eu, que sou a fruta predileta de sua cesta, que meus gemidos recatados serão contrições no teu ego. Eu, liqüefiz-me em suco que escorre pela sua boca faminta em busca das minhas fendas, vasculhando saídas. Fome que já não tinha mais nome, só marcas de cartografia na minha alma febril, abrindo em flamas e em movimento aos teus dedos e língua, e a seus olhos o corpo que se fazia poesia tocado pelos deuses ou demônios, sabe-se lá... "

sexta-feira, setembro 19, 2008

" Olhos que te quero ver;

Nada mais se via naquela noite enluarada a não ser os olhares que tudo revelavam silenciosamente;
Lembranças saudosas surgiam à tona, na memória que ainda lhe restara de uma época outrora;
Boca que te quero beijar;
Respiração ofegante que denuncia o desejo maior de se ter a boca molhada e degustada com o fervor peculiar de uma paixão;
Pausa;
Razão. Pensamentos insensatos à mente.

Paixão. Emoção de quero mais;
Pele que te quero sentir;

Desejo de ser tocada e acariciada suavemente como o toque da seda no roçar do corpo;

Bocas que se beijam;

Olhares que se olham;

Peles que se tocam;
Ciclos que se completam mas que não se fecham esperando o anunciar do próximo luar."

sexta-feira, setembro 12, 2008

OLHARES...


"Passos apertados...
Corações
acelerados...
Essência perfeita!
A respiração ressoava tão alta que mal podia ser escutada por aqueles que tudo enxergavam. Pelo ambiente, olhares penetrantes me invadiam. Nudez anunciada mas não sentida. Sentia-me nua de alma. Corpo não.
Incômodo! Olhares percorriam tudo o que estava a minha volta... Queimava-me, invadia minh’alma. Olhares desconhecidos mas desejados. Meu corpo entrara em ebulição. Seu corpo falava.E o meu entendia...

Angústia! A ansiedade me invadira o peito. Esperança de encontrar o real. Olhares ansiosos me esperavam em algum lugar seguro dentro de ti. Olhares que se cruzavam e não se encontravam nunca, mas que ardiam de desejo. Perdem-se em meio a multidão. Tristeza! Se olham e não se vêem a espera de uma aproximação..."


terça-feira, setembro 09, 2008

Povoa meu Pensamento...

Conta-me…

Como é o teu sorriso

Quando te surjo em pensamentos


Diz-me…

Como bate o teu coração

Quando escutas as minhas gargalhadas


Segreda-me…

Como ficam os teus olhos

Quando me vês


Sussurra-me…

Como fica o teu corpo

Quando me sente


Mostra-me com os teus lábios,

o que eu ouço …

com a minha pele!