terça-feira, janeiro 24, 2012

Eu... [Parte 4]

" ... porque a saudade espreita e espia e aperta minha carne, gritando teu nome. Por que na minha boca, nada há que não tenha, antes, vindo de ti. Por que eu viro noites revirando a lembrança da tua língua alterando a minha percepção, a minha porção. Intumescimento... porque meus poros se arrepiam e dilatam e crescem, na tentativa de alcançar você de volta, porque a reviravolta que a vontade de ti faz no meu corpo, explode em meu peito, que lateja e palpita e pulsa rápido, certeiro, implacável e acusador. Porque molho travesseiros e lençóis e coxas na esperança de ter você de novo sobre o meu quadril. Porque tenho febre e desespero de causa e de efeito. Alta temperatura, alta voltagem, curto-circuito no vazio dos meus braços, no vão das minhas pernas... porque praias e mares e oceanos não me umedeceriam tanto quanto a tua rigidez convicta e insolente. Porque eu deságuo meu sal e suor e mel p destilar teu vácuo que cresce na mesma medida do meu desejo: fátuo, petulante e pretensioso. Porque qndo fecho os olhos, tua distância me assalta e rouba  todos os meus sonhos. Leva-os até você e deixa em troca teu cheiro cravado na minha derme: deleite e doçura, dureza e rudez... porque qndo abro os olhos, tua ausência reflete toda a minha liquidez, todas as águas, todo o meu mergulho na tua nostalgia, toda a fantasia da minha avidez que é crua, é nua e é tua. Canibalismo... te comer entrelinhas e saciar a fome das minhas entranhas... porque tateio minha doença na esperança de que voltes e me salve. Porque ainda és meu óleo e minha benção, minha cura, minha unção."

Eu... [Parte 3]

"... lábios nos lábios, mãos nos entres e pernas entrançadas, entrelaçadas, entretecidas. Sal, saliva, mel... e um sussurro que adentra e invade meu corpo. Segreda, rumoreja, zune, suspira, assopra... eriçada, eu; pelo timbre da tua voz, pelo eco dos teus gritos, pelo tom dos teus murmúrios. Arrepiada e encrespada. Torturantes tuas maõs se demoram entre(as)linhas do meu desejo. Passeiam, percorrem... enquanto me perco nos teus braços. Arrebatamento. Teu peito me rouba os ares e minhas pernas  te furtam o senso. Tumulto e barulho... e me prendes e te seguro e me apertas e te agarro e vens e me tens e me abraça e me enlaça e com fome me toma toda, tudo, tanto.. tortura... vendaval tempestuoso a tua respiração. E meu ar em movimento entremeios teus, e teu ar agitado entremeios meus. Corrente de raro efeito a te tomar a sanidade e me assanhar o desejo. Atmosfera impetuosa, intensa, inquebrantável, irresistível... e tu apaixonando, e eu amando... e nós, resplandecendo e reluzindo, refletindo e iluminando... reverberando..." [CONTINUA]

terça-feira, dezembro 07, 2010

Eu... [PARTE 2]

"...me deixa ouvir de novo os teus gemidos  - eram tantos, e tão altos, que meu sussurro se perdia no teu eco, e só se achava dias depois, quando a saudade me apertava a garganta. aí virava grito, dor, desespero, desamparo e desalento. Inquietude. - deixa, permita que eu te caminhe o corpo mais uma vez; cede ao meu desejo de te molhar a pele a conta-gotas.   Me umedece e me toca de novo. Deixa minha língua esculpir teu desejo rijo, rubi. Deixa eu enlaçar minha saudade às tuas pernas e mover meu quadril em tua direção... e então, deixa eu me fartar de você, deixa que eu te coma inteiro, todo, te abrace, te enlace, te festeje, te grite! Me deixa dançar sob teu peso, me perder sob teu corpo e me achar liquida, solvente, diluída na tua lembrança, fluida na tua saudade. Deixa que eu entre dissolvida por teus poros e me aloje onde você é mais firme, mais forte, mais compacto. Dá teu ato todo de novo pra mim... dá o teu perfume, que emana em minha pele e me tonteia e asfixia... deixa que eu te tenha uma vez mais, deixa. Deixa que eu me realize em cima, embaixo, entre... a última vez, a derradeira. Mortal. Me aquece, me aquenta, incendeia. Deixa-me em ebulição e me deixa morrer ali, em efervescência nos teus braços..." [CONTINUA]

domingo, novembro 21, 2010

Eu... [PARTE 1]

"É... quando as minhas mãos tremem, as minhas pernas ficam moles e eu tenho certeza de que esse gosto amargo que eu sinto dentro da boca é o néctar da doçura que eu trago no peito.... é quando eu sei que já disse todas as coisas de todas as formas, e ainda sinto presas dentro de mim, todas as palavras... é quando meu infinito particular vira licença poética e alça vôo na realidade timbrada com as iniciais dele, exorcizando o que tanto me tesa... é quando a pele morna dele se encosta na minha e só me faz querer um abraço... é quando eu me ajoelho e olho pra cima durante a desesperança e a euforia que ganham força dentro de mim, e eu transito entre o que eu quero e o que eu nunca deixei de querer... é quando minha boca se entreabre, suculenta, e a acidez do vinho branco se mistura com o gosto das sementes todas que ele planta na minha língua em espiral, enquanto me diz - minha! gostosa... só minha! -, e eu gosto. é quando o gemido abafado dele ecoa através dos meus cabelos enrolados nas mãos dele, enquanto me põe em pé e me beija a boca, sussurrando que me ama... é quando as mãos dele, em concha, se encaixam nos meus seios e os acariciam como se fossem germinar ali, sob aquele tato, enquanto os olhos dele me desnudam antes mesmo da nudez escancarada do meu amor atacá-lo... é quando ele se encaixa entre as minhas coxas com a mesma violência com que me prende à parede e me lambe o pescoço com a delicadeza de quem quer traçar um caminho que prolongue o momento... é quando tão atada, tão eriçada, tão encantada, tão controversa no verso em contramão que me atravessa a vulva estou eu, nele, que meu corpo todo é vibração saindo pelos poros... é arrepio... é amor líquido na corrente sanguínea e o corpo dele é fonte explodindo vida no meu ventre sedento. Dilata, jorra, pulsa junto com as minhas contrações... é quando bate o meu peito junto ao peito dele em sonho, em suor e rápido, em ritmo, em arritmia e taquicardia, em grude, em gozo, em festa... [CONTINUA]

... e me fizeste assim!

"Assim...
de repente me descobri assim...
lava incandescente...
vulcão...
Nunca
nada antes foi assim...
nunca desse jeito
ardente... relampejante
tempestade e abismo.
Nenhuma vez
tantas sensações misturadas
tantas emoções desconcertadas.
assim
me fizeste assim
como a saltar do penhasco
como a mergulhar no profundo
como a violar o profano
me fizeste tudo
e eu me descobri
outra mulher..."

sábado, outubro 16, 2010

Sem mais...

Em meio a tanta coisa acontecendo... eu venho aqui escrever sobre algo q nem eu sei explicar!!!
Ontem... 15.10.2010 volto nesse espaço carregada de palavras q realmente eu ñ queria q existissem dentro de mim... mas o que me falta??? Acho q estou começando a cansar de algumas coisas... cansei de ser mais forte, cansei de tentar achar uma razão para o meu desprezo ao sentimento alheio... queria conseguir desabar ao menos hje, queria poder derramar aquelas mesmas lágrimas que um dia me ensinaram tanto.
Se vc terminar de ler esse post e ñ compreender, ñ se assuste, eu tbm ñ consegui. Tudo vai emanando da minha mente como q por osmose. Só hje compreendo que ñ faz sentido nenhum brincar c os sentimentos dos outros, só pq vc ñ ama, tbm ñ dá o direito de ser amada, mas qual é o capítulo da vida q está escrito isso??? Eu juro q ñ queria ser mais assim e sei q isso ñ faz bem para ambas as partes, mas o q faz bem p mim, está guardado dentro do meu peito, inalcansável aos q me rodeam... essa barreira entre eu hje e o meu equilíbrio nunca mais a rompi... joguei a chave dessa porta fora, mesmo que p isso tenha q ter levado consigo, o melhor de mim!!! Às vezes tenho a impressão q nada daquilo vivi, que foi em outra vida, mas ai olho p dentro de mim e ainda vejo um vazio q ninguém consegue preencher pq ninguém conseguiu conhecer o outro lado de mim. Namoro, noivado, aliança... nada disso me é importante mais, apenas símbolos na minha vida pq meu eu, ainda continua lá... Mais uma vez busco esse meu espaço que ninguém conhece p falar de coisas q ninguém sabe tbm!!! "FOSTE O MELHOR DE MIM..."

quinta-feira, maio 27, 2010

"Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.
A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
Não compare sua vida com a dos outros.
Você não tem idéia do que é a jornada deles.
Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; deus nunca pisca.
Respire fundo. Isso acalma a mente.
Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo
O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você.
Não se leve muito a sério.
Ninguém faz isso.
Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras:
'Em cinco anos, isto importará?'
Sempre escolha a vida.
A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente..."

quinta-feira, maio 13, 2010

Somos amor sem ter feito...

"Quero me perder no teu corpo
Beijar teus delicados pés
Acariciar tuas pernas fortes e roliças
Apalpar as tuas torneadas nádegas
Beijar o teu ventre
Lamber teu umbigo
Entrelaçar as minhas mãos nas tuas
Acariciar os teus seios
Sentir teu coração a bater
Percorrer as tuas costas
Beijar-te o pescoço
Mordiscar as orelhas
Sentir teu cabelo a passar entre os dedos
Provar o néctar dos teus lábios
Mergulhar nos teus brilhantes olhos....
Esse é o teu desejo diário...
O teu pecado... e o meu inferno!!!" 

quarta-feira, maio 12, 2010


" Teu corpo seja brasa
e o meu a casa
que se consome no fogo...
Um incêndio basta
pra consumar esse jogo...
uma fogueira chega
pra eu brincar de novo..."

Sinto... Percebo... Toque!!!

"Sinto o teu beijo a se aproximar...
Sinto o teu toque audáz...
Sinto o teu cheiro a me provocar...
Sinto a tua mão voráz.

Percebo que toco em ti...
Percebo o toque que te faço...
Percebo que te toco desde que te vi...
Percebo o instante em que disfaço.

O toque discreto que trocamos…
O toque amante que provocamos…
O toque que juntos improvisamos…
O toque que só tu e eu tocamos!!!"