TUDO...

... o que escrevo perde imediatamente a sua importância.
Tudo o que guardo, pelo contrário, cresce em intensidade.
Se escrevo é dique que rompo.
Se calo sou bomba-relógio,
corpo que vai rasgando a roupa pela costura.
O que escrevo não me pesa, não arrasto.
Não me persegue ou assombra.
O que escrevo é lixo que reciclo.
O que oculto agiganta-se, desproporciona-se.
Perturba, molesta, distrai.
O que escondo é desastre à espera de acontecer,
alarme subindo infinitamente de tom.
E agora só tenho uma questão...
Será que fiz bem em escrever sobre ti???
Claro que sim...

VaCiLo...

Saudade do gosto, do cheiro
Daquele toque no rosto
Saudade do afago no cabelo
Da barba no pescoço
Da língua correndo no meu corpo,
me fazendo explodir...
Saudade de fazer alguma coisa com a minha boca
além de comer e falar, falar, falar
Saudade do amor gostoso e bem feito
De sentir o cheiro do amor enchendo o quarto
De ter o corpo todo molhado, quente...
Saudade das idas e voltas
Do início sem pressa
Do final com cara de recomeço
Saudade de ser eu, você
De sermos nós juntos
Sermos o que não mais seremos
extasiados...
felizes...
só...

Há qualquer coisa ...

Há qualquer coisa entre nós
que não pega
que não cola
não avança
não decola...

Há qualquer coisa assim estranha
que emperra
que empana
que impede
que engana...

Há qualquer coisa vadia
que me empurra
me estimula
me distrai
e que me adia...

Há qualquer coisa contínua
que te prende
te demora
te demove
e te domina...

E é qualquer coisa que dura
que nos nega
nos isola
que nos vence
e nos anula!!!

Escuta-te...

... E se te calares, se calares a dor que teima em atormentar-te, se calares os gritos que a alma solta em silêncio, se calares as lágrimas que correm pelas paredes da tua alma afogando-a e afogando com ela o teu coração que geme sem ser ouvido... se conseguires calar a dor só por um instante e ouvires o cantar das lágrimas que te caiem rosto abaixo e se perdem pelos cantos da tua boca, perceberás a verdadeira beleza de te saberes triste, de te veres chorando... entenderás a verdadeira lágrima e ouvirás os sorrisos que depois a seguem.

A dor não é apenas sinônimo de sofrimento mas também de aprendizagem, escolheste o caminho errado e choras agora? Só tens agora de te levantares daí e seguires em frente, vives o que tens a viver e aprendes a escolher da próxima vez com mais sabedoria o teu caminho.

E eu sei que há lágrimas que ainda cantam mas tu não as escutas porque não te consegues calar, não consegues calar o por vir que se antecipa na tua alma e vives preso aí onde o céu tem um fim e o horizonte tem um limite...

Escuta... lágrimas ainda cantam...

“A DOR... É SEMPRE INEVITÁVEL,
MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!!!”

"Passado e presente

Duas pontes quebradas...
era necessário o hiato
Ledo engano,
mera ilusão
Permanecia o intruso do passado
Eram dois elos aparentemente cortados
mas bem delineados
Distantes no tempo
Cruzados recentemente no presente"

Escrevi-te...

... quando não me lias.
Adivinhei-te quando não sabia quem eras.
E inventei-te sem perceber que existias!!!

IT'S MY LIFE...

"As palavras que nunca te direi"

Em tantas ocasiões, remou o que ficou por dizer. Termino situações, resolvo dilemas, boicoto relações... quase sempre sem conseguir explicar à outra pessoa porque o fiz, porque o faço.
Mesmo quando tento.Às vezes penso que, por ter tanto dentro de mim, corro o risco de me esvair se abrir (com)portas. Outras penso que tenho tão pouco para oferecer que nada sai porque simplesmente nada existe.
Ontem explicaram-me que o nó que fica na garganta pode mesmo magoar fisicamente.
E hoje estou ferida, dolorida... completamente perdida.
Se o que procuro é tão simples porque não consigo dizê-lo?
Se o que me dão é tão pouco porque não me permito gritá-lo?
A Vida escoa-se em esperas, em pazes podres.
O Tempo já não se compadece com sonhos e ilusões.
E a única coisa que não disse foi:
"Podias ter sido o meu equilíbrio"

BRINQUEDOSSSSSSS

" Sou criança...
estou com meus brinquedos
Computador, silêncio e imaginação
com o coração sentindo muitas coisas
Escrevo o que meu coração sente
O que de minha imaginação flui
saindo da criança
Virando mulher
volto a ser novamente criança
Querendo brincar...
faço agora com brinquedos diferentes..."

Je...

the end !!!

Enquanto...
... se falava dela, reconhecia os sinais.
Mas pensava o quanto estava enganada.
O quanto lhe faltava motivo para tal agonia.
Tão jovem.
Tanta vida ainda por viver.
Mas na procura desenfreada, anda perdida.
No desespero da busca, esquece-se que a felicidade é o caminho, não o destino.
Pára, respira... aproveita!
É que tanta ansiedade também mata.
Acredita... eu sei.
É apenas o reflexo de mim mesma !!!

“Cansei...

... de ser sexy!"
Quero ser linda sem chamar atenção.

Cansei de ser muito.
Tenho direito de ser menos, por que não???.

Cansei de me esquivar.
Quero voltar a sonhar..

Cansei de me enganar.
Parei de te procurar.

Louca !!!

Louca!

Babando uma tristeza amarga

Fel que escorre dos lábios

E queima o peito

Tadução inexprimível

Do que guarda o coração

Rodeada de rostos, mas permaneço só

Enlouqueço, fico cega...

Vejo o nada

Olhos as paredes... só as rachaduras estão lá

As cicatrizes do castelo que ruiu

Guardo-me em minha torre

Insana!!!

Travo as portas do que já foi um coração

Gosto amargo

Assim grosso

Que gruda na língua

E cala

Louca...

já não grito

Em estado de contemplação

Até onde chegar?

A nenhum lugar

Ninguém chegando a lugar algum

Louca!!!

Babo minha dor escorrida

Olhos vidrados, chorosos

Louca sem ser Deus

sem ser rainha da Espanha

Prisioneira do eu

Absolutamente só

Louca!!!

EXTASEEEEEEEEEE

Sexo, volúpia

Ânsia mortal do corpo alheio...
Penso em morrer
Se não puderes me conter
Dentro de mim...
Agonia, vida , dor
Vou me rasgar,
Sucumbir...
Até ter teu corpo
Ao meu alcance
Loucura!
Insanidade eterna...
Ou tu matas meu desejo,
Ou esse desejo me mata!!!

Recado...

"Quero dizer-te que não me podes prender.
Não se tem o direito de exigir quando nada se dá...
nada se promete... nada se sonha.
Não sou tua!!!
Mesmo não sendo de mais ninguém."

De vez em quando...

... o meu blog transforma-se em terreno minado.
E passo a recear escrever com medo de deflagrar
alguma mina bem camuflada.

E assim fico...
... vigiada, sob escuta.

Assim hesito...
... guardiã, protetora.

E assim me escondo...
... mina, armadilha. De mim mesma.